Quarta-feira, 16.09.09

Universidade de Aveiro quer caloiros a usar a bicicleta

Universidade de Aveiro quer caloiros a usar a bicicleta


Por Maria José Santana, http://jornal.publico.clix.pt/noticia/15-09-2009/universidade-de-aveiro-quer-caloiros-a-usar-a-bicicleta-17804357.htm

 

 

A Universidade de Aveiro lança campanha para convencer os novos alunos a pedalarem nas suas deslocações para a instituição de ensino.

 

Projecto LifeCycle da C. M. de AveiroAlém das habituais boas-vindas e iniciativas de recepção ao caloiro, os estudantes que chegam este ano pela primeira vez à Universidade de Aveiro (UA) têm à sua espera uma campanha especial: irão ser desafiados a usar a bicicleta nas suas deslocações regulares para a instituição de ensino. A proposta surge no âmbito da adesão de Aveiro ao projecto europeu Life Cycle, que já colocou mais de 60 trabalhadores da autarquia a pedalar nas suas deslocações para o trabalho. A iniciativa, que no início de 2010 irá ser também alargada a algumas empresas do concelho, pretende contribuir para a promoção de estilos de vida e mobilidade saudáveis. 
O apelo à participação dos novos alunos da UA será lançado, com especial incidência, no início desta semana, aproveitando o período das matrículas. A campanha de sensibilização irá culminar, no dia 21, com a realização de uma "festa da bicicleta", que compreenderá, entre outras acções, um ciclo-passeio pela cidade. 
"A ideia é termos o maior número de estudantes a aderir", perspectivou Miguel Araújo, técnico da Câmara de Aveiro, sem especificar um número em concreto. A adesão registada na experiência-piloto desenvolvida no primeiro semestre do ano foi "bastante satisfatória", quer junto da população escolar, quer no seio dos trabalhadores da autarquia. "Na câmara municipal, aderiram 66 trabalhadores. Nas escolas, tivemos mais de 100 alunos e professores a participar", avançou Miguel Araújo. 
Nesta nova vertente do Life Cycle, que recebe a designação de Um curso com pedalada, é assumido que o alvo principal são mesmo os estudantes que estão a chegar pela primeira vez, ainda que os restantes não sejam deixados de fora. "Segundo os estudos, quando as pessoas iniciam uma nova etapa estão mais susceptíveis a criar novos hábitos", revelou o técnico da autarquia. 
Ao contrário do que aconteceu nas experiências-piloto realizadas junto da população escolar e trabalhadores da autarquia, nesta nova vertente do projecto não será implementado um sistema de concurso, com atribuição de prémios aos ciclistas mais assíduos. 
Mas existirão prémios de mérito, no valor de 1000 euros, para os alunos que apresentarem as melhores propostas para a dinamização da iniciativa junto da comunidade da UA. "Serão seleccionados três alunos, consoante a qualidade das propostas que apresentem, e estes ficarão responsáveis pela promoção de acções junto dos alunos e professores da universidade", desvendou Miguel Araújo. 
Além desta nova aposta junto dos alunos da UA, a dinamização do projecto Life Cycle em Aveiro prosseguirá com as campanhas junto das escolas dos 2.º e 3.º ciclos e secundárias do concelho e, no primeiro trimestre de 2010, irá estender-se às empresas que aceitem promover o uso da bicicleta junto dos seus trabalhadores. 
 

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Segunda-feira, 14.09.09

O princípo do fim...

 ... da lâmpada de incandescência, altamente ineficiente:

 

Lâmpada: este invento tem 130 anos e vai desaparecer
14.09.2009 - Ricardo Garcia, in http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1400572&idCanal=2101

Thomas Alva Edison ea sua lâmpada

O invento de Thomas Edison durou 130 anos, com algumas modificações. Mas vai agora ser retirado do mercado, para salvar o planeta do aquecimento global. É a despedida de uma tecnologia de sucesso.

Trocar uma lâmpada é como piscar um olho. Nem se dá pelo gesto, de tão banal que se tornou. Agarra-se no bolbo, desenrosca-se a base e já está. Há mais de um século que se faz assim, desde que Thomas Edison popularizou a lâmpada eléctrica, no final do século XIX.
O invento de Edison, no entanto, tem os dias contados. Resistiu ao tempo, mas agora, com o mundo desesperado à procura de soluções para poupar energia, já não serve. Desde o princípio deste mês, os fabricantes já não podem pôr à venda na União Europeia as lâmpadas incandescentes mais potentes, de 100 W, segundo um regulamento comunitário aprovado no ano passado. Em 2011, desaparecem das prateleiras as de 60 W e no ano seguinte as de 40 W e 25 W.
No seu lugar, entram definitivamente as lâmpadas de baixo consumo, fluorescentes, que se enroscam e desenroscam à mesma, mas que funcionam com um princípio diferente do que o que vigorou por mais de um século. É a despedida de uma tecnologia de sucesso.

Arco voltaico
Thomas Edison ficou com a fama, mas não foi este criativo e empreendedor norte-americano, nascido em 1847, quem inventou a lâmpada eléctrica. O inglês Humphry Davy é o autor das experiências pioneiras, na primeira década de 1800, conseguindo produzir um arco luminoso entre duas hastes de carbono ligadas a baterias eléctricas.
Meio século depois, o princípio do arco voltaico foi a base da corrida à invenção de uma lâmpada que pudesse ser utilizada correntemente. O resultado mais bem sucedido foi a "vela eléctrica" de Jablochkoff, criada em 1875 e desde logo adoptada na iluminação pública. Em Portugal, seis delas abrilhantaram a celebração do aniversário de 15 anos do príncipe D. Carlos, na Cidadela de Cascais, em 28 de Setembro de 1878.
A luz eléctrica era algo completamente diferente do que antes havia - a iluminação pública a gás, ténue, poluente e perigosa. Agora, ao invés da combustão, eram outros os princípios que a produziam. "Passou-se da química para a física", afirma o professor Carlos Fiolhais, da Universidade de Coimbra.
Mas a lâmpada de arco voltaico era complexa e exigia potentes baterias para se manter acesa. Não se adequava à iluminação de pequenos espaços. Mais promissora era a lâmpada incandescente, na qual a luz emana de um filamento aquecido pela passagem da corrente eléctrica.
Muitos cientistas e inventores fizeram experiências com a lâmpada incandescente. Mas foram Thomas Edison e o físico-químico inglês Joseph Swan que chegaram, separadamente, a um modelo prático, em 1879. O principal problema era encontrar um filamento que aguentasse elevadas temperaturas por muitas horas, antes de se romper. 
Edison e Swan basearam-se primeiro em fibras de carvão obtidas a partir de algodão. Funcionou, mas não era suficiente. Incansável, Edison experimentou de tudo, até fios de barba dos seus colaboradores. Encontrou por fim uma fibra de bambu com a qual criou um filamento de carbono que se aguentava por centenas de horas.
Produzir um dispositivo eficaz foi uma das razões que fizeram o nome de Edison vingar sobre os demais. Mas havia outro, quiçá mais importante. "Edison compreendeu que precisava de ter uma sistema eléctrico", diz a investigadora Maria Paula Diogo, da Universidade Nova de Lisboa e do Centro Interuniversitário da História das Ciências e da Tecnologia, ou seja, não bastava a lâmpada, era preciso também uma fonte de electricidade e uma rede de cabos para transportá-la.
Com o dinheiro da alta finança norte-americana, o inventor pôs logo em prática a sua ideia. Construiu em Nova Iorque a primeira central eléctrica dos Estados Unidos e, a partir de 4 de Setembro de 1882, passou a levar luz a um quarteirão do centro financeiro de Manhattan. No final do ano seguinte, o sistema já tinha 508 clientes e alimentava cerca de 13 mil lâmpadas. Era o início do sucesso ascendente de uma empresa de electricidade entretanto criada por Thomas Edison e que acabaria por se transformar na gigantescca General Electric.

Tecnólogo, não cientista
A inventividade e o espírito empresarial de Thomas Edison foram determinantes para o seu sucesso. Edison nem tinha formação científica. "Era um tecnólogo, não um cientista", afirma o físico Carlos Fiolhais. Chegava aos seus inventos por "engenhoquices", através do método de tentativa e erro. "Hoje isso é quase impossível", diz Fiolhais.
Mas conseguia. Registou mais de mil patentes, de inventos criados por si e pela equipa do seu laboratório ou aperfeiçoados a partir de patentes que comprava a outros inventores.
Foi rápida a aceitação da lâmpada incandescente. Em Lisboa, as lojas da Baixa já tinham luz eléctrica em 1880 - com lâmpadas incandescentes e de arco voltaico. No Teatro S. Carlos, a iluminação a gás deu lugar às novas lâmpadas em 1886.
Mais do que um luxo, a luz eléctrica mexeu com a vida quotidiana. "Passámos a ter um tempo extra", diz Maria Paula Diogo. A noite escura e perigosa deu lugar ao que ficou conhecido como a "noite técnica".
Ao longo de 130 anos, a lâmpada em si não mudou muito, salvo alguns aperfeiçoamentos tecnológicos. O filamento de carbono foi substituído por um de tungsténio, que resiste muito mais ao calor. E, ao invés do vácuo, o interior do bolbo passou a ser preenchido com gases inertes.
Mas no formato, na essência e no princípio de funcionamento, a lâmpada que agora começa a despedir-se do mercado é a mesma que Edison trouxe à luz há mais de um século. E se surgiu para suprir a necessidade de iluminar a noite, o que está a destroná-la é um motivo de ordem completamente diferente.
A lâmpada de Edison tornou-se persona non grata por causa das alterações climáticas. A União Europeia quer reduzir em 20 por cento, até 2020, as suas emissões de gases que aquecem o planeta. Para isto, quer conter em também 20 % o aumento do consumo eléctrico.
Este novo dado derrotou a lâmpada tradicional, um dispositivo de baixíssima eficiência. De toda a energia que consome, só cinco por cento é que se transformam em luz. O resto perde-se sobretudo em calor.

Mercado ascendente
A melhor alternativa, no momento, é a lâmpada fluorescente compacta, uma invenção também antiga, mas aperfeiçoada recentemente numa versão compacta. O seu rendimento é de 25 % - cinco vezes mais do que o de uma lâmpada tradicional.
Há outras soluções, como a lâmpada de hidrogénio - que não é tão económica - ou as lâmpadas de LED, que aguardam versões comerciais acessíveis. Mas, por ora, é a compacta fluorescente - as chamadas "lâmpadas económicas" ou "de baixo consumo" - que estão a conquistar o mercado.
E rapidamente. No ano passado, venderam-se 10,7 milhões de unidades em Portugal, mais 3,1 milhões do que em 2007, segundo dados da Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos.
As incandescentes estão a seguir no sentido contrário. Desceram brutalmente desde 2007, quando as vendas atingiam 26,6 milhões de unidades. Para o ano passado, a Direcção-Geral de Energia e Geologia só possui dados para os dez meses entre Março a Dezembro, que no entanto indicam uma queda vertiginosa: 9,6 milhões de unidades. 
A explicação para uma disparidade tão grande pode estar no facto de uma lâmpada fluorescente durar até 15 vezes mais do que uma incandescente. A cada substituição, são várias lâmpadas tradicionais que se deixam de comprar ao longo do ano.

Novos problemas
A lâmpada económica pode vir a ajudar a poupar energia, mas criou um problema que não existia no invento de Edison. No seu interior, existe uma pequena quantidade de mercúrio e as paredes internas dos seus tubos de vidro estão cobertas com pó de fósforo. Quando já não funcionam, não devem ser deitadas no lixo normal. Têm, antes, de ser recicladas, através de um processo complexo e caro.
As duas empresas que gerem a reciclagem de resíduos eléctricos e electrónicos em Portugal - a Amb3E e a ERP-Portugal - estão em campo e já recolhem cerca de 20 por cento das lâmpadas fluorescentes colocadas no mercado. A maior parte são as tubulares, que já há muito se utilizam em grandes espaços e nas cozinhas.
Têm surgido também preocupações sobre os efeitos das novas lâmpadas de baixo consumo sobre pessoas sensíveis a determinados tipos de luz. Duas grandes associações europeias de defesa do consumidor - a BEUC e a ANEC - querem que a Comissão Europeia "assegure que pessoas que necessitam de luz incandescente tenham a possibilidade de as comprar, até que haja alternativas adequadas no mercado", segundo um comunicado divulgado no final de Agosto.
Mas os benefícios da medida de Bruxelas estão-se a sobrepor aos seus potenciais problemas. Cerca de 85 % das lâmpadas instaladas nas residências europeias são ineficientes, segundo cálculos da Federação Europeia dos Produtores de Lâmpadas. Bani-las do mercado vai reduzir em 30 por cento a energia gasta na iluminação doméstica, evitando o lançamento de 23 milhões toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera por ano - pouco mais de um quarto das emissões anuais de CO2 de Portugal inteiro.
Não há escapatória para a lâmpada de Thomas Edison. Em outros países, como o Canadá e a Austrália, ela também será retirada do mercado nos próximos anos. É o cerco fatal a um invento centenário que fez da noite o dia em cada casa, mudando para sempre a vida da sociedade. Obrigado, Edison.

 

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Sexta-feira, 11.09.09

Luz.On

Primeira central solar gigante para exportar electricidade nasce em Portugal

Por Lurdes Ferreira

Luz.On estuda uma central que terá 45 vezes a potência instalada em Moura. A nova directiva europeia das renováveis e os objectivos europeus para 2020 incentivam estas iniciativas.

Um grupo de empresários portugueses está a estudar a construção de uma central solar gigante no Alentejo, de dois mil megawatts, destinada à exportação de electricidade verde para a Europa do Norte, e a criação de um novo cluster industrial no país, um investimento que poderá rondar os seis mil milhões de euros, apurou o PÚBLICO.

Do núcleo promotor do projecto, designado Luz.On, fazem parte Mário Baptista Coelho, o homem que ergueu a central de Moura, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Efacec e a EIP-Electricidade Industrial Portuguesa, estas últimas duas entidades como parceiras tecnológicas. 

A megacentral fotovoltaica de elevada concentração, de tecnologia norte-americana e alemã, é um dossier que está há vários meses em preparação. A sua instalação deverá ocupar cerca de cinco mil hectares numa zona não especificada no Alentejo, e é do conhecimento do Governo e da Comissão Europeia, que já deu o seu apoio, por a considerar de interesse europeu.

 

Com arranque estimado para a megacentral em 2011 e sete anos faseados de execução, a Luz.On quer seguir a estratégia que impulsionou a energia eólica no país, através da criação de uma fileira industrial, juntando parte das empresas situadas neste sector, parte da capacidade hoje virada para o sector automóvel, nomeadamente a metalomecânica e os moldes, e a instalação industrial dos fabricantes das células solares, propriamente ditos. 

 

A proximidade geográfica dos fornecedores em relação à central é considerada preferencial, nomeadamente para a produção das células fotovoltaicas. As centrais solares deste tipo em funcionamento até agora foram construídas com painéis importados da China e um dos projectos da Qimonda Solar, entretanto falida, era trazer para Portugal o fabrico do componente de maior intensidade tecnológica para o país, ou seja, de maior valia. A Efacec, por seu lado, já está ligada a este projecto, bem como a EIP, especializada na instalação de subestações e redes de alta tensão.

O projecto, virado para a era que se avizinha e que os especialistas designam como a das 'auto-estradas da energia', apresenta vários pontos inovadores em relação ao passado. É o primeiro pensado para a exportação de energia verde, visando países que precisam de acelerar a redução das suas metas de emissões de dióxido de carbono para cumprirem as metas europeias para 2020. Não está, por isso, candidato a tarifas subsidiadas no mercado nacional, nem depende do consumo do mercado português. 

É um dos primeiros projectos a enquadrar-se na nova directiva europeia das renováveis, que abre a porta a um novo modelo de transacções de créditos de emissões de CO2 entre os estados-membros, através dos certificados verdes e das garantias de origem. As novas regras permitem que os países desenvolvam projectos e negoceiem electricidade, sem estarem sempre obrigados a uma transferência física bilateral, mas ao cumprimento de valores globais para o espaço europeu.

 

Portugal - Espanha - França

Ponto inovador, mas também crítico para o sucesso desta iniciativa, é o facto de esta implicar, ainda assim, uma capacidade de interligação entre Portugal e Espanha e entre esta e França que não é integralmente garantida por parte destes últimos dois países.  O lançamento deste projecto vai assentar num entendimento entre França e Espanha, que tarda há mais de duas décadas, quanto à passagem de uma interconexão eléctrica pelos Pirenéus e que tem sido um dos 'buracos negros' na construção de uma rede eléctrica verdadeiramente europeia.
O reforço das interligações eléctricas entre Portugal e Espanha e entre os dois países ibéricos e França é uma das medidas que se reivindicam historicamente como das mais importantes para o desenvolvimento do próprio mercado ibérico de electricidade (Mibel) e que não tem sido fácil. Os mapas de aumento da capacidade de interligação indicam que da parte portuguesa não haverá constrangimentos à passagem dos dois mil megawatts de energia eléctrica.
Com a perspectiva de o preço da energia fotovoltaica tender a descer com projectos de grande escala, é considerado aceitável que chegue aos três euros por watt (actualmente está em cinco euros), o que totalizará cerca de seis mil milhões de euros, segundo cálculos do PÚBLICO. O consórcio escusa-se a comentar este número.
A central de Moura ainda hoje é a terceira maior do mundo, mas a unidade que o grupo ora projecta terá uma dimensão 45 vezes superior em termos de potência instalada. Há dois dias, a China firmou com os norte-americanos da Intersolar um memorando de entendimento para a construção de uma central com a mesma potência de dois mil megawatts.
A vaga de projectos para megacentrais, a uma escala desconhecida para os padrões de hoje, está a agitar europeus, americanos e chineses e promete mexer com o mercado das tecnologias de energia nos próximos anos, sobretudo por causa dos compromissos internacionais em termos de emissões de gases com efeito de estufa e da pressão de um novo quadro regulatório que sucederá ao Protocolo de Quioto. 
Há cerca de três meses, foi lançado o Desertec, por um consórcio dominado pela indústria alemã, e que aposta dentro de 30 anos na importação de energia do deserto do Sara para a Europa, e assim satisfazer 15 por cento do consumo europeu. É de longe o mais mega dos projectos e prevê-se que o será durante muitos anos.

(In http://jornal.publico.clix.pt/noticia/11-09-2009/primeira-central-solar-gigante-para-exportar-electricidade-nasce-em-portugal-17777879.htm)

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Viva o automóvel...

Comerciantes conseguem mudar ciclovia da Pasteleira e ganhar lugares de estacionamento

Por Marta Maia

Novo projecto prevê a redução do separador central da Rua de João de Barros e a legalização do estacionamento nas zonas onde era proibido.

A nova e atribulada ciclovia da Rua João de Barros

A Câmara do Porto cedeu às exigências dos comerciantes da Foz e alterou o traçado da ciclovia da Pasteleira. A obra, que já tinha sido iniciada e ontem chegava a meio da Rua de João de Barros, foi parada por ordem da autarquia, que aceitou reunir-se ontem mesmo com os representantes de um movimento de lojistas que pedia a alteração do projecto. Segundo os comerciantes, na reunião, na qual estiveram presentes dois representantes dos lojistas da Rua de João de Barros e dois representantes da Câmara do Porto, ficou decidido que o estacionamento deverá passar a ser permitido nos dois lados da via mais próxima das galerias comerciais, desde o início desta artéria até ao cruzamento com a Rua de João Rodrigues Cabrilho. Na outra faixa, além de manter o parqueamento já existente, a autarquia vai reduzir o tamanho do separador central, de modo a conseguir espaço para a ciclovia. Desta forma, a Rua de João de Barros vai ganhar os lugares de estacionamento há muito reivindicados pelos comerciantes sem ter de abdicar da ciclovia em construção.
A solução, proposta pela própria autarquia, surgiu depois de os comerciantes da João de Barros terem enviado uma carta ao município, pedindo a anulação da ciclovia que viria a eliminar um espaço onde o estacionamento, apesar de proibido, se faz. A autarquia justifica a proposta dizendo que "há uma vontade forte para a legalização do estacionamento no espaço onde hoje é proibido", admitindo assim que a intervenção a fazer na rua agrada a todos.


Prazos mantêm-se
"A solução foi proposta pela própria câmara, nós até tínhamos pensado em pedir para mudarem a ciclovia para outra rua", conta Sérgio Azevedo, um dos representantes do movimento de lojistas, que não poupa elogios ao "atendimento rápido e pronto" que receberam da autarquia. "Ficámos a ganhar. Não só não vão reduzir a rua como ainda vão legalizar o estacionamento que até aqui era proibido", explica, acrescentando que "em apenas dois dias ficou tudo resolvido". 
Na mesma reunião ficou combinado ainda que o prazo das obras vai manter-se, mesmo com todas as alterações previstas no projecto. "Disseram-nos que as datas se vão manter", assegura Sérgio Azevedo, reconhecendo no entanto que, "para cortarem o separador, fazerem a nova ciclovia e tirarem a que já fizeram entretanto vão ter de acelerar os trabalhos para compensar".

 

(In http://jornal.publico.clix.pt/noticia/11-09-2009/comerciantes-conseguem-mudar-ciclovia-da-pasteleira-e-ganhar-lugares-de-estacionamento-17775280.htm)

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Quarta-feira, 09.09.09

A mentalidade cristalizada - ou - para trás é que é o caminho (2)

Comerciantes contestam ciclovia da Pasteleira por temerem perda de clientes

Por Marta Maia e Patrícia Carvalho

A nova e contestada ciclovia entre parques no Porto

O executivo da Câmara do Porto aprovou, ontem, com a abstenção da oposição, a construção de uma ciclovia entre o Parque da Pasteleira e o Parque da Cidade. Apesar de só ontem ter sido aprovada, a obra está a decorrer e já é alvo de contestação.

Na Rua de João de Barros, perto do Parque da Pasteleira, os comerciantes já estão a preparar uma carta, "para enviar à câmara dentro de dois dias", na qual pedem "atenção para o comércio tradicional". Sérgio Azevedo, membro e porta-voz do grupo, acredita que o apelo vai ser ouvido porque "o presidente da câmara tem mostrado que gosta do comércio tradicional". "O presidente não deve ter noção do comércio que está aqui, senão nem fazia isto assim", perspectiva Sérgio Azevedo, acrescentando que quando a intervenção começou "ninguém sabia de nada".

A principal queixa dos lojistas é a perda do estacionamento, que, apesar de proibido, se faz junto ao separador central da via. "Mesmo sendo proibido, as pessoas estacionam aqui, mas uma ciclovia intimida mais e as pessoas vão deixar de parar ali o carro", argumenta Sérgio Azevedo, que já prevê a perda de clientes. "Isto vai tornar-se um deserto", lamenta. "Vai passar aqui uma bicicleta a cada cinco dias", atira Sérgio Azevedo, argumentando que "o culto da bicicleta nem existe e a ciclovia não faz sentido".

Apesar de concordar com a construção da ciclovia, o PS absteve-se na votação de ontem na câmara, por discordar do facto de a obra estar a ser feita pela empresa Águas do Porto. O mesmo motivo levou ainda à abstenção da CDU. A justificação do vereador do Ambiente, Álvaro Castello-Branco, de que os trabalhos foram entregues à Águas do Porto por, em alguns troços, envolver a ribeira da Granja, não convence a oposição. "Na Alameda do Fluvial a ribeira está a muitos metros de profundidade", diz Rui Sá.

O vereador criticou ainda o modelo utilizado para a construção da ciclovia, enquanto Palmira Macedo, do PS, não deixou passar em branco o timing utilizado pela câmara para construir esta ligação. "Nós não teríamos deixado a construção da ciclovia para os últimos dias do mandato", ironizou. 

 

(Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/noticia/09-09-2009/comerciantes-contestam-ciclovia-da-pasteleira-por-temerem-perda-de-clientes-17755882.htm)

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Terça-feira, 08.09.09
Segunda-feira, 07.09.09

Curry Cabral é o primeiro Eco-Hospital português

Com este novo referencial, outorgado pela TÜV Rheinland Portugal, o Curry Cabral posiciona-se agora como unidade hospitalar ecológica, segura e sustentável.

 

Num esforço colectivo, os 1.500 colaboradores daquela unidade, tiveram um papel determinante no sucesso do sistema aplicado pela TÜV Rheinland. Melhorar o encaminhamento e gestão dos resíduos, reduzir os consumos de água (até 20%) e os consumos energéticos (até 30%) são algumas das medidas de excelência ambiental e responsabilidade social tomadas pelo primeiro Eco-Hospital português.

Para além da redução dos custos e incremento da competitividade, o sistema desenvolvido pelo grupo que há seis anos desenhou o Eco-Hotel, modelo de gestão ambiental para o sector hoteleiro, visa também o cumprimento dos principais requisitos legais aplicáveis a esta actividade (norma ISO 14001).

Com vista à sustentabilidade ecológica, o conselho de administração do Curry Cabral, em parceria com a consultora SINASE, traçou como coordenadas a selecção de tecnologias que minimizem o impacte ambiental da actividade de prestação de cuidados hospitalares; a separação dos resíduos produzidos em função da sua tipologia; o cumprimento dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis.

Este cumprimento passa pela prevenção da poluição; inclusão de requisitos de desempenho ambiental nos novos contratos estabelecidos com fornecedores; utilização eficiente dos recursos, energia, água e matérias-primas; sensibilização dos colaboradores e utilizadores do Hospital para uma postura responsável e consciente face ao ambiente.

Através deste referencial, desenvolvido e implementando por um organismo independente, os Hospitais nacionais poderão demonstrar um compromisso voluntário com a melhoria contínua da sua performance ambiental, alcançando uma confiança acrescida por parte de utilizadores, comunidade envolvente e sociedade civil.

À semelhança das restantes ISO, a certificação Eco-Hospital baseia-se num ciclo de três anos, constituído por uma auditoria de concessão realizada em duas fases, seguidas de outras duas auditorias anuais de acompanhamento. A renovação subsequente assenta num novo ciclo de três anos.

 

Origem: http://noticias.pt.msn.com/article.aspx?cp-documentid=149499498

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