Go green 2010!
2010 pode ser o ano dos investimentos verdes
por Nuno Aguiar, Publicado em 04 de Janeiro de 2010
Especialistas acreditam num forte aumento do investimento em energias renováveis este ano
O mundo está a viver a ressaca de Copenhaga. Da cimeira do clima saiu apenas o acordo possível e poucos dos 192 países participantes terão ficado completamente satisfeitos com o resultado. No entanto, mesmo com este pacto não vinculativo, os grandes vencedores da concentração mediática nas alterações climáticas poderão ser os investimentos verdes. Por mais fraco que seja, um comprometimento entre países como os Estados Unidos e a China fazem os investidores esfregar as mãos de contentes a pensar no próximo ano. Para 2010 pode esperar-se uma aposta forte em fundos verdes, relacionados com energia, tecnologias limpas e alterações climáticas.
Michael Liebreich, head finance da New Energy, empresa consultora das Nações Unidas e do Deutsche Bank, prevê um ano recorde para o investimento relacionado com as energias renováveis. "Não ficaria surpreendido em ver um ano com 200 mil milhões de dólares (140 mil milhões de euros) de investimento", afirmou Liebreich à agência de informação financeira Bloomberg. A concretizar-se, será um crescimento significativo do investimento, que este ano se ficou pelos 87 mil milhões de euros, uma queda em relação aos 108 mil milhões investidos em 2008. Segundo Liebreich, EUA, China e dez outros países têm planos de estímulo para energias verdes de 123 mil milhões de euros para os próximos anos.
As contas que deixam os investidores a sorrir não são difíceis de fazer. Num relatórios das Nações Unidas, divulgado em Setembro, estima que seria necessário gastar 1% do PIB mundial (420 mil milhões de euros) para os países em desenvolvimento enfrentarem economicamente as consequências de um redução da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE). Parte do investimento seria suportado pelos Estados, mas muitas empresas beneficiariam do forte apoio dado pelos governos, através de incentivos e novas regulamentações de descriminação positiva. Procura-se intensamente novas tecnologias e novas formas de energia que poderão beneficiar os investidores que optem por soluções em torno das alterações climáticas.
Mesmo antes da Cimeira de Copenhaga estar concluída, várias empresas já tinham anunciado o começo de diversos projectos ambiciosos na área da energia. Segundo a Allianz Global Investors, os grandes vencedores da cimeira do clima serão quem providencie energias alternativas e empresas que melhor adoptem a redução de emissões de GEE. "Vemos dinâmica suficiente a nível nacional para assegurar um comprometimento para desenvolver tecnologias limpas", afirmou à Reuters Bozena Jankowska, gestor do fundo Allianz RCM Global EcoTrends.
Michael Liebreich, head finance da New Energy, empresa consultora das Nações Unidas e do Deutsche Bank, prevê um ano recorde para o investimento relacionado com as energias renováveis. "Não ficaria surpreendido em ver um ano com 200 mil milhões de dólares (140 mil milhões de euros) de investimento", afirmou Liebreich à agência de informação financeira Bloomberg. A concretizar-se, será um crescimento significativo do investimento, que este ano se ficou pelos 87 mil milhões de euros, uma queda em relação aos 108 mil milhões investidos em 2008. Segundo Liebreich, EUA, China e dez outros países têm planos de estímulo para energias verdes de 123 mil milhões de euros para os próximos anos.
As contas que deixam os investidores a sorrir não são difíceis de fazer. Num relatórios das Nações Unidas, divulgado em Setembro, estima que seria necessário gastar 1% do PIB mundial (420 mil milhões de euros) para os países em desenvolvimento enfrentarem economicamente as consequências de um redução da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE). Parte do investimento seria suportado pelos Estados, mas muitas empresas beneficiariam do forte apoio dado pelos governos, através de incentivos e novas regulamentações de descriminação positiva. Procura-se intensamente novas tecnologias e novas formas de energia que poderão beneficiar os investidores que optem por soluções em torno das alterações climáticas.
Mesmo antes da Cimeira de Copenhaga estar concluída, várias empresas já tinham anunciado o começo de diversos projectos ambiciosos na área da energia. Segundo a Allianz Global Investors, os grandes vencedores da cimeira do clima serão quem providencie energias alternativas e empresas que melhor adoptem a redução de emissões de GEE. "Vemos dinâmica suficiente a nível nacional para assegurar um comprometimento para desenvolver tecnologias limpas", afirmou à Reuters Bozena Jankowska, gestor do fundo Allianz RCM Global EcoTrends.
Porquê investir?
Não existe uma só razão para apostar em opções mais amigas do ambiente. O investimento pode ser motivado por questões éticas ou pelas rendibilidades atractivas que muitas destas soluções apresentam. A direcção de investimentos do Banco Best explica estas duas razões para tornar mais verde a sua carteira: "A primeira reflecte uma vontade do investidor em direccionar os seus investimentos para fundos que cumpram determinado tipo de regras ou que não invistam em sectores considerados poluentes, ligando assim os seus investimentos a uma determinada visão sobre o mundo. Por outro lado, dado o crescente foco que estes temas têm tido na actualidade, estes temas ou sectores podem beneficiar de uma conjuntura mais atractiva nos próximos anos."
Rui Broega, do Banco BiG, percebe o carácter apelativo deste tipo de activos: "As recentes notícias falam por si. O investimento social e economicamente responsável será cada vez mais determinante para o futuro das novas gerações."
A verdade é que, se o único objectivo do investimento for a rendibilidade, existem outras soluções que lhe podem dar os mesmos resultados. Neste caso, trata-se de conjugar ao potencial de liquidez com o desejo de aplicar o seu dinheiro com um propósito ecológico.
Nos últimos anos têm sido lançadas várias soluções de investimento que lhe dão exposição às oportunidades em torno das alterações climáticas (novas energias, alterações climáticas, agricultura, tecnologias limpas). A forma mais simples de lhe dar acesso à temática ecológica são os fundos de investimento. A grande vantagem dos fundos está relacionada com a flexibilidade que permitem ao nível da política de investimentos e com o profissionalismo de quem os gere. "São instrumentos com características particularmente interessantes para investir nesta área, sublinha o Banco Best. "O investimento em fundos parece-me ser o mais adequado no sentido de poder captar o know how das equipas de gestão que são especializadas nesta temática tão complexa", acrescenta Rui Broega. Os investimentos verdes podem também ser feitos por outros meios que não os fundos. Certificados ou acções de empresas da categoria das energias alternativas, por exemplo, são outras hipóteses para quem se queira afastar deles.
Porém, o investimento verde tem também as suas limitações. A principal desvantagem tem a ver com a exposição que lhe é dada a uma indústria à qual falta ainda capacidade competitiva, estando muito dependente dos apoios que os governos decidam conceder. Uma eventual variação no nível de comprometimento dos estados é um risco para os investidores, apesar de as mais recentes notícias indiciaram que ele deve continuar forte nos próximos anos.
Rui Broega, do Banco BiG, percebe o carácter apelativo deste tipo de activos: "As recentes notícias falam por si. O investimento social e economicamente responsável será cada vez mais determinante para o futuro das novas gerações."
A verdade é que, se o único objectivo do investimento for a rendibilidade, existem outras soluções que lhe podem dar os mesmos resultados. Neste caso, trata-se de conjugar ao potencial de liquidez com o desejo de aplicar o seu dinheiro com um propósito ecológico.
Nos últimos anos têm sido lançadas várias soluções de investimento que lhe dão exposição às oportunidades em torno das alterações climáticas (novas energias, alterações climáticas, agricultura, tecnologias limpas). A forma mais simples de lhe dar acesso à temática ecológica são os fundos de investimento. A grande vantagem dos fundos está relacionada com a flexibilidade que permitem ao nível da política de investimentos e com o profissionalismo de quem os gere. "São instrumentos com características particularmente interessantes para investir nesta área, sublinha o Banco Best. "O investimento em fundos parece-me ser o mais adequado no sentido de poder captar o know how das equipas de gestão que são especializadas nesta temática tão complexa", acrescenta Rui Broega. Os investimentos verdes podem também ser feitos por outros meios que não os fundos. Certificados ou acções de empresas da categoria das energias alternativas, por exemplo, são outras hipóteses para quem se queira afastar deles.
Porém, o investimento verde tem também as suas limitações. A principal desvantagem tem a ver com a exposição que lhe é dada a uma indústria à qual falta ainda capacidade competitiva, estando muito dependente dos apoios que os governos decidam conceder. Uma eventual variação no nível de comprometimento dos estados é um risco para os investidores, apesar de as mais recentes notícias indiciaram que ele deve continuar forte nos próximos anos.