Terça-feira, 08.02.11

O carregador único para telemóveis está a chegar à Europa

08.02.2011 - 14:50 Por Susana Almeida Ribeiro, in Público Tecnologia

Já aconteceu a toda a gente: estamos no escritório, o telemóvel apita continuamente avisando que a bateria precisa de ser recarregada, e não há ninguém que nos valha. Cada marca (e, muitas vezes, diferentes modelos da mesma marca) de telemóveis usa o seu próprio carregador. Soube-se hoje, porém, que estes dias de incompatibilidade estão para acabar.

O carregador único, mostrado na cerimónia desta terça-feira (Francois Lenoir/Reuters)

Há vários anos que a Comissão Europeia tem vindo a defender a ideia simples de um carregador comum compatível com telemóveis de todas as marcas. Finalmente isso está prestes a transformar-se em realidade, graças a um acordo de cooperação selado entre 14 fabricantes mundiais de telemóveis e a Comissão.

De acordo com um comunicado divulgado pela Comissão Europeia, o vice-presidente da Comissão, Antonio Tajani, recebeu hoje das mãos de Bridget Cosgrave, directora-geral da DIGITALEUROPE - a maior associação europeia de tecnologia digital - um exemplar de um carregador universal compatível para telemóveis.
A incompatibilidade dos carregadores de telemóveis não apenas provoca inconveniências para os utilizadores, como constitui, na União Europeia, uma importante questão do ponto de vista ambiental. Os utilizadores que pretendem substituir os seus telemóveis vêem-se, muitas vezes, obrigados a comprar novo carregador, independentemente do estado em que se encontra aquele que já têm.
“Congratulo-me com a apresentação do novo carregador de telemóveis com base na norma da UE, pelo que representa em termos de diminuição de custos. São boas notícias para os consumidores europeus que hoje anunciamos. Aguardamos agora que o novo carregador e os telemóveis compatíveis cheguem às lojas. Insto aqui a indústria a acelerar a sua introdução no mercado, de modo a que os cidadãos de toda a UE possam tirar partido do carregador universal o mais rapidamente possível”, afirmou Antonio Tajani, Vice-Presidente da Comissão e comissário responsável pela Indústria e pelo Empreendedorismo.
No comunicado da Comissão fica igualmente a saber-se que a UE trabalhará com a indústria de modo a que os consumidores europeus possam tirar proveito desta iniciativa “o mais rapidamente possível”. O mais provável é que isto venha a acontecer ainda este ano.
Os 14 fabricantes de telemóveis (Apple, Emblaze Mobile, Huawei Technologies, LGE, Motorola Mobility, NEC, Nokia, Qualcomm, Research In Motion - RIM, Samsung, Sony Ericsson, TCT Mobile - ALCATEL mobile phones, Texas Instruments e Atmel) podem agora avançar com o desenho pretendido e testar as alterações aos carregadores. A solução comum encontrada assente na tecnologia micro-USB. Para os telemóveis que não dispõem de uma interface micro-USB, o memorando de entendimento prevê um adaptador, indica ainda o comunicado da Comissão. O acordo abrange igualmente smartphones.
A campanha europeia está disponível no site One Charger For All.

Terça-feira, 23.11.10

Equipamentos em standby gastam 11% do consumo médio por habitação

De acordo com as edições on-line do Jornal de Notícias e do i de hoje ao início da noite, «Um estudo efetuado na União Europeia (UE) revela que o consumo médio de eletricidade dos equipamentos elétricos e eletrónicos em standby "representa cerca de 11 por cento do total" da energia anualmente consumida por habitação.

Os resultados da mesma investigação, envolvendo 12 países, entre os quais Portugal, onde é liderada pelo Instituto de Sistemas e Robóticas (ISR) da Universidade de Coimbra, foram hoje divulgados nesta cidade.

A manutenção em standby (modo de espera ou suspensão) ou mesmo desligado (off-mode) de alguns equipamentos (apesar de estarem desligados no botão, continuam a consumir energia) significa um gasto "médio anual de 305 quilowatts/hora" por habitação, de acordo com o estudo, revelou Aníbal Traça de Almeida.

O investigador do ISR e coordenador do estudo falava hoje à tarde, em Coimbra, no auditório da EDP, na apresentação das conclusões da investigação, que, iniciada em 2008 e denominada SELINA (Standby and Off-Mode Energy Losses In New Appliancesa Measure in Shops), contou com o apoio da Agência da Comissão Europeia para a Competitividade e Inovação.

Em Portugal, no entanto, as perdas médias de eletricidade com os modos standby e off-mode são da "ordem dos 7 %", contra os referidos 11 % das habitações europeias, disse à agência Lusa, à margem da sessão, Aníbal Traça de Almeida.

Tal circunstância não se deve, porém, ao comportamento dos consumidores, mas antes ao facto de os equipamentos elétricos e, sobretudo, eletrónicos estarem menos generalizados em Portugal do que noutros países da Europa, sublinhou.

Entre outros resultados, o estudo - que envolveu mais de 9000 inquiridos, incluindo lojistas, e 1300 habitações, e implicou a medição de mais de 6000 equipamentos - concluiu que "as consolas de jogos consomem quase tanta eletricidade em standby como quando se está a jogar".

Também as máquinas de café "podem causar grandes perdas de energia em standby" ou "mesmo desligadas" no botão, exemplificou, durante a sessão, Traça de Almeida, referindo que essas perdas podem representar uma média anual de 60 kwh, que significam, no nosso país, 9,6 €.

Equipamentos como subwoofer, gravadores de disco rígido, modems, routers ou gravadores de DVD podem, em standby ou off-mode, gastar, por ano, entre 4 e 7 kwh, que equivalem, em Portugal, a valores que oscilam entre os cinco e os oito euros.

"Em toda a UE pode ser poupado cerca de um bilião de euros", bastando apenas desligar a Internet quando não está a ser usada, afirma o investigador do ISR, sublinhando que este consumo equivale a 3,5 milhões de toneladas de CO2.

No âmbito do estudo, que abrangeu Portugal, Alemanha, França, Dinamarca, Letónia, Roménia, República Checa, Bélgica, Inglaterra, Áustria, Grécia e Itália, foi editado um "guia do consumidor em consumos standby", com algumas conclusões da investigação e no qual são adiantados procedimentos para o consumidor não "desperdiçar a sua eletricidade".»

Don't stantby!

E que tal ajudar a poupar o planeta - e a sua conta bancária - desligando os stanby's e off-modes aí de casa?

Segunda-feira, 16.11.09

A crise da energia verde

Consumo mundial de electricidade recua pela primeira vez desde 1945

O consumo mundial de electricidade vai recuar em 2009 pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, indica um estudo do observatório dos mercados da energia. 

O estudo cifra a queda da procura mundial de electricidade em 3,5 % em 2009 e a do gás em 3 %. 

"No primeiro semestre, o consumo de electricidade dos principais países europeus caiu 5 % e o consumo de gás 9 % face ao primeiro semestre de 2008", refere o relatório, imputando este recuo à crise económica e, mais particularmente, ao recuo da actividade industrial.

Esta baixa do consumo começa a fazer sofrer os grandes fornecedores europeus de energia. Os fornecedores de energia estão muito mais afectados pela crise económica do que se pensava há um ano: o consumo baixa, as tarifas baixam e fizeram aquisições dispendiosas que tiveram por efeito diminuir os respectivos tesouros de guerra", sublinha Colette Lewiner, responsável do estudo.

Os grandes grupos energéticos encontram-se entre uma dívida que aumentou e uma rentabilidade que se deteriorou. Para enfrentar este novo desafio financeiro, os grandes do sector "adiaram os investimentos nos meios de produção, o que não é uma boa notícia para a segurança do aprovisionamento", acrescenta.

Se ainda é cedo para constatar uma baixa generalizada do investimento, as energias renováveis são já afectadas. Os investimentos em energias renováveis recuaram 14 % na Europa no segundo semestre de 2008, em ruptura com uma taxa de crescimento anual média de 56 % nos últimos cinco anos.

A Agência Internacional da Energia (AIE) prevê uma baixa mundial dos investimentos na energia verde de 38 % em 2009.

publicado por p3es às 21:26 link do post | comentar | favorito

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