Terça-feira, 04.01.11

Água canalizada versus engarrafada

Algumas cidades vetam venda de plástico

2011-01-03, CiênciaHoje, http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=46760&op=all


As maiores críticas recaem sobre o facto de milhares de toneladas de plástico serem consumidas para produzir embalagens e muitas emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera serem feitas durante o transporte.

Nos Estados Unidos, por exemplo, Jean Hill, um activista de 82 anos convenceu os vizinhos e dirigentes municipais de Concord a votar contra a venda de água engarrafa na cidade. O movimento foi rapidamente aplaudido por ambientalistas, que propuseram disseminar a ideia no Estado e até em todo o país. No entanto, restam dúvidas sobre a legalidade da medida, já que pode constituir um atentado à liberdade de comércio ser rejeita a ir a tribunais, caso os fabricantes assim o decidam.
Um artigo do «Bosto Globe» observou que a indústria já demonstrou resistência e executivos do sector reagiram argumentando que a medida pode levar as pessoas a beber menos água, o que é prejudicial para a saúde e é injusto condenar apenas um produto, quando muitos outros geram resíduos plásticos. Mesmo assim, mais de cem cidades norte-americanas reduziram a compra da garrafa. A cidade australiana de Bundanoon também decidiu vetar a venda.
Em Portugal, os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento facultam relatórios baseados em estudos laboratoriais sobre o controlo da qualidade da água de consumo humano, com resumo estatístico dos resultados obtidos em torneiras de consumidores sobre o tratamento e análise de águas potáveis.
Os Estados Unidos são dos países que mais optam pela garrafa (26 milhares de litros), mas logo a seguir – refere um estudo publicado pelo Earth Policy Institute –, estão os mexicanos (18 milhares) e os chineses e brasileiros (com 12 milhares). Na Europa, os italianos conseguem ultrapassar os americanos, com 184 litros por ano e por pessoa.
Os mais cépticos desconfiam de restos de substâncias medicamentosas ou outras nas canalizações. Como alternativa, há ainda quem opte por filtros e purificadores de água domésticos. A venda destes dispositivos aumentou a partir de 2009.
Uma garrafa de água pode sair cem a 200 vezes mais cara do que a da rede, nalguns países. A reciclagem é o método mais sustentável para lidar com o consumo do plástico, mas determinados países não têm estruturas próprias para a fazerem.
Muitas garrafas vazias são exportadas e tratadas noutros países, como na China, por exemplo. A água canalizada permite economizar pelo menos dez quilos em substâncias poluentes. Mas algumas empresas de águas avançam que apostam em eco-embalagens e afirmam investir para tentar atingir 50 por cento de PET de embalagens recicladas.
publicado por p3es às 22:05 link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 31.12.10

Itália proíbe sacos de plástico para compras a partir de 1 de Janeiro

Os sacos de plástico serão banidos das lojas e supermercados italianos a partir de 1 de Janeiro, uma medida pioneira num país que consome um quarto dos cem mil milhões de sacos gastos anualmente na Europa.

Cada italiano usa anualmente mais de 330 sacos de plástico, a maioria importados de países asiáticos como a China, Tailândia e Malásia. Este número já valeu à Itália um dos lugares cimeiros na lista europeia dos maiores consumidores de sacos de plástico. De acordo com os ambientalistas, são necessários pelo menos 200 anos até um saco de plástico se decompor.
Mas a partir de 1 de Janeiro, esta dependência passa a ser mais sustentável, com a aposta nos sacos biodegradáveis ou em papel, através de uma campanha de sensibilização promovida pelo Governo e empresas de distribuição. A medida foi confirmada pelo Conselho de Ministros italiano.
“Esta é uma grande inovação que marca um passo em frente fundamental na luta contra a poluição e que nos torna mais responsáveis em matéria de reciclagem”, comentou a ministra do Ambiente Stefania Prestigiacomo, citada pela agência AFP.
As organizações de defesa do Ambiente, que na verdade esperavam um adiamento da aplicação da proibição, saudaram a decisão governamental. A indústria dos plásticos ainda exerceu pressão junto das autoridades para adiar a entrada em vigor da nova regulamentação.
Outros países europeus experimentam soluções para reduzir o uso de sacos de plástico. A 15 de Dezembro, o Parlamento português aprovou um projecto de lei do PSD que estabelece uma redução de 90 por cento no fornecimento de sacos nos supermercados até 2016, e um outro do PS para aplicar um "sistema de desconto mínimo" no valor de pelo menos cinco cêntimos por cada cinco euros de compras a quem prescinda totalmente dos sacos de plástico fornecidos gratuitamente pela superfície comercial. Foi rejeitado um projecto de resolução do BE para interdição em 2015 do uso de sacos de plástico nas "grandes superfícies comerciais", excluindo os biodegradáveis.

(In http://www.publico.pt/Sociedade/italia-proibe-sacos-de-plastico-para-compras-a-partir-de-1-de-janeiro_1473092, 30.12.2010 - 18:22)

publicado por p3es às 13:18 link do post | comentar | favorito

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