Quarta-feira, 03.08.11

O submundo do óleo usado. 40% entra nos circuitos da candonga

por Marta F. Reis, Publicado em 02 de Agosto de 2011  |  Actualizado há 10 horas | http://www.ionline.pt/conteudo/140752-o-submundo-do-oleo-usado-40-entra-nos-circuitos-da-candonga

Até ao final do ano os munícipios devem ter entre oito e 40 pontos de recolha. Mas quem recolhe?

Começa por ser uma história sobre reciclagem de óleo usado, mas acaba por se revelar um submundo onde há ladrões de oleões, queixas-crime, unidades de produção ilegais e biocombustível a ser comprado livre de impostos, directamente por proprietários de postos de gasolina. 
Em 2010, no sector doméstico, recolheram-se 16 853 toneladas de óleos alimentares usados. Só não ir parar à rede de esgotos significa livrar da poluição qualquer coisa como 18 milhões de litros de água. Outra leitura, revelou ontem ao i um proprietário de uma das primeiras empresas no sector, no Norte do país, é pensar no que rende este mesmo óleo no "mercado clandestino". M. M., que prefere manter o anonimato, diz que 30% a 40% estará nas mãos de "candongueiros com e sem alvará". Vendido como biocombustível, tratado ou por tratar, vale em média 600 euros a tonelada, menos de metade do preço do gasóleo. Num ano são 4 milhões de euros.
M. M. foi abordado pela última vez há 15 dias pelo proprietário de uma bomba de gasolina numa aldeia a 50 quilómetros do Porto. "Comprava-me uma tonelada de biodiesel por 800 euros. Chegou aqui com um tractor agrícola e era só carregar. Sem recibos sem nada." Recusou. "É um risco muito grande, temos 30 empregados, nome a manter. Mas às vezes dá vontade de aceitar, é uma revolta muito grande."
A reciclagem do óleo usado começou a ser formalizada em Setembro de 2009, com o Decreto-Lei 267/2009. A legislação diz que a reciclagem, "concretamente para produção de biocombustível, constitui uma importante mais-valia no actual contexto das políticas energéticas nacional e comunitária". Para M. M., estes propósitos revelaram-se um fracasso. "Hoje em dia, o óleo usado em Portugal é para falcatruas. Existe roubo de óleo por operadores licenciados e não licenciados, há carrinhas identificadas que roubam óleo a outras empresas. Nos oleões de rua o que temos é uma promiscuidade", acusa. Também um representante da Óleotorres, há 30 anos neste sector, diz ao ique a situação tem vindo a degradar-se. "Perdemos diariamente mil euros em óleo roubado. Já foram instauradas queixas-crime mas acaba por não haver resposta das autoridades. Estamos a falar muitas vezes de casos em que as empresas até podem ser licenciadas mas andam a roubar por trás, usam o nosso nome, os nossos contentores."
É António Pereira, director da empresa de recolha Biosys, quem alerta o i para o problema. Fazem a recolha de 30 oleões em Cascais. Desde Setembro perderam 40% da quota de mercado, diz. "Já tivemos situações de vir recolher e apanhar os contentores vazios ou não haver contentores." Em Fevereiro, num ponto de recolha em Tires, foi questionado por uma funcionária sobre a razão por que vinha recolher duas vezes no mesmo dia. "Ligámos para o número que a empresa até tinha deixado, alegando ser a nossa, e dissemos ao homem que voltasse para trás para recolher mais óleo. Quando o confrontei pegou no carro e fugiu." Nos acordos com as câmaras, a Biosys oferece o sistema de recolha e manutenção dos oleões - de implementação obrigatória até ao final do ano em todos os municípios. Em troca recebe a matéria-prima, que vende a 38 cêntimos o litro. "Quem rouba anda a vender a 20/25 cêntimos." 
É na requalificação para biodiesel que o óleo se torna mais apetecível, sobretudo com o aumento dos preços do petróleo. M. M. diz que este destino é quase o único no país. Aqui surge outro obstáculo: "Em Portugal a produção não é viável, só para autoconsumo: por exemplo para quem tenha camiões." Em Espanha, diz, consegue-se um rendimento três vezes superior. Rende exportar a matéria-prima ou então forjar a transformação e escapar aos impostos, acusa. E pelo meio deitar a mão a todo o óleo que aparece. "No Norte há uma unidade de transformação instalada num camião TIR." O representante da Óleotorres também reconhece que há unidades de produção ilegais, mas diz que a "pirataria" abrange todo o ciclo de valorização. "Devia haver fiscalização de todas as empresas licenciadas, da recolha ao destino final. Quando alguém chega a um restaurante e diz que é da Óleotorres naturalmente as pessoas acreditam. Só acontece porque há quem compre."

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Quarta-feira, 08.12.10

Rolhinhas

Pela mão do Projeto 3E's a Escola Básica de Paços de Ferreira passou, oficialmente, a integrar a rede de recolha de cortiça usada, no Projeto "Green Cork na Escola II". Assim, logo que possível, serão disponibilizados "rolhinhas" na Escola, nomeadamente no Ecocentro que irá ser construído em breve, para a sua recolha e posterior encaminhamento adequado.

 

O projeto Green Cork «é um Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça desenvolvido pela Quercus, em parceria com a Corticeira Amorim, a Modelo/Continente e a Biological. Tem como objectivo não só a transformação das rolhas usadas noutros produtos, mas, também, com o seu esforço de reciclagem, permitir o financiamento de parte do Programa “CRIAR BOSQUES, CONSERVAR A BIODIVERSIDADE”, que utilizará exclusivamente árvores que constituem a nossa floresta autóctone, entre os quais o Sobreiro, Quercus suber.» (in http://greencork.wordpress.com/2009/04/24/hello-world/).

Sábado, 04.12.10

Embalagens Tetra Pak®: recicláveis ou nem por isso?

Ainda hoje muita gente tem dúvidas onde colocar as embalagens usadas dos famosos “tijolos” que a Tetra Pak® lançou há mais de meio século atrás: no contentor azul, destinado às embalagens de cartão? Ou no amarelo, das embalagens de plástico e metal?

Na realidade, e de acordo com o seu fabricante, as embalagens Tetra Pak® consistem, em média, em:

  • 73 % de papelão produzido a partir de madeira das florestas do norte da Europa - sendo assim um material reciclável;
  • 20 a 23 % de polietileno (derivado do petróleo), que garante a selagem e age como uma ‘cola’ entre os diferentes materiais;
  • 4 ou5 % de alumínio (bauxita), que constitui a barreira para o ar, os odores e a luz.

Com efeito, quando se iniciou a recolha destas embalagens no nosso país, existiram divergências quanto ao contentor mais adequado para a sua deposição, variando até a sua recolha de município para município. Mas após análise da situação, a Sociedade Ponto Verde e o Ministério do Ambiente optaram pela uniformização das sinaléticas a nível nacional e pela solução do contentor amarelo, tal como acontece na maior parte dos países europeus. Ao serem ali colocadas, as embalagens Tetra Pak® passam por uma triagem mais elaborada, sendo separadas do plástico e do metal em fardos específicos que depois são encaminhados para reciclagem. E, para reforçar a ideia, nos dois últimos anos a filial portuguesa da multinacional sueca (mas agora sedada na Suíça) lançou a campanha "Sim, é no amarelo!"

Mas as embalagens Tetra Pak® são mesmo 100 % recicláveis? Como é possível separar o papelão do polietileno e este do alumínio? Aqui está a grande questão, à qual a empresa responde afirmativamente.

 

Cada embalagem pesa, em média, 27 g (contra cerca de 450 g de uma garrafa de vidro), com 5,7 g de plástico e 1,3 g de alumínio. Ora no passado ano de 2009 foram produzidos 145 mil milhões de unidades, dos quais cerca de 27 mil milhões foram recicladas – ou seja menos de 20 %. O resto foi depositado em aterros, lixeiras ou incinerado.

 

Mas… mesmo esses 20 %? Como foram reciclados?

 

Segundo a Tetra Pak®,  há vários anos que trabalham para desenvolver uma forma eficiente para uma reciclagem em grande escala das embalagens. Por exemplo: apenas mergulhando e agitando os pacotes num grande recipiente de água fria é o suficiente para que o papelão se separe do polietileno e do alumínio; a pasta obtida é utilizada para a fabricação de vários produtos, tais como toalhas, caixas de ovos, sacos ou papel higiénico.

 

Mas o alumínio e o PE? A sua separação e reciclagem são bem mais complicadas e a informação disponível on-line não é nem muito clara nem objetiva quanto a esse ponto. Mas algumas hipóteses são colocadas, passando sempre pela trituração do composto:

  • o material é aquecido, exturdido e injetado em moldes, sendo usado para produzir peças diversas tais como cabos de pás, vassouras, mesas e cadeiras de jardim;
  • o material é prensado a quente, transformando-se numa chapa semelhante ao compensado de madeira e que pode ser usada na fabricação de divisórias, móveis, pequenas peças decorativas e telhas, materiais com grande aplicação na indústria da construção civil;
  • outra tecnologia, desenvolvida localmente no Brasil, trabalha com o processamento do composto num forno de plasma, onde a mistura é aquecida a altíssimas temperaturas numa atmosfera sem oxigénio para  preservação da qualidade do alumínio. Neste processo, as moléculas de plástico partem-se, transformando-o em parafina, enquanto o alumínio se funde e é arrefecido em lingotes de metal puro;
  • uma variante do processo acima consiste no aquecimento da mistura a tal temperatura que o plástico se evapora, enquanto o alumínio é recuperado intacto. Este processo não é propriamente de reciclagem uma vez que o plástico constitui o combustível necessário à fusão do alumínio.

Portanto, se o alumínio consegue ser recuperado, o mesmo já não se passa com o polietileno. Ademais, apesar amplamente utilizados em bens de consumo, não são materiais ecologicamente corretos: para além do seu potencial futuro como lixo, são produzidos por processos particularmente poluentes e perigosos, como mostrou o recente desastre ecológico das lamas vermelhas na Hungria, além de fortemente consumidores de energia – são consumidos 15 GWh de eletricidade para produzir 1000 ton de alumínio, o que significa que o alumínio usado nas embalagens produzidas pela Tetra Pak® em 2009 consumiu cerca de 3 milhares de GWh: aproximadamente o consumo elétrico mensal de Portugal.

Se a Tetra Pak® diz que todos os materiais utilizados na composição das suas embalagens podem ser reciclados, é evidente que os processos ainda não estão suficientemente maduros e ainda levantam muitas questões. Além de que os processos atualmente em uso são energeticamente muito pouco eficientes e alguns deles – o da queima do polietileno – resultar na emissão de gases tóxicos para a atmosfera.


A melhor embalagem para o meio ambiente é, sem dúvida, aquela que é produzida em quantidades razoáveis e é reutilizável indefinidamente, sem necessitar de ser reciclada; todos os produtos de uso único e, portanto, descartáveis, são um absurdo em ecologia.  Apenas o vidro pode ser indicado para cumprir este imperativo. Afinal mesmo que haja necessidade de o reciclar – e Portugal foi um dos primeiros países a introduzir os vidrões, reciclando atualmente cerca de 43 % das embalagens produzidas – o processo é simples e energetica e economicamente barato.

 

Fontes:

http://www.simenoamarelo.pt/1/porque-amarelo.htm

http://www.notre-planete.info/actualites/actu_2591.php, 17 de novembro, 2010, 14 h 37

http://www.tetrapak.com/pt/meio_ambiente/recolha_e_reciclagem/Pages/Reciclagem.aspx

http://www.tetrapak.com/fr/tetra_pak_france/qui_sommes_nous/espace_presse/communique_presse/Pages/chiffres_2009.aspx

Segunda-feira, 22.11.10

II Semana Europeia da Prevenção de Resíduos

Teve início no passado sábado, dia 20 de novembro, a II Semana Europeia da Prevenção de Resíduos.

A primeira edição oficial da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (EWWR – European Week for Waste Reduction) decorreu em vários países europeus de 21 a 29 de novembro de 2009 e faz parte integrante de um projeto que conta com o apoio do programa LIFE+, da Comissão Europeia.

A edição de 2010 da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos terá lugar de 20 a 28 de novembro, com os seguintes objetivos: 

  • Dar a conhecer as estratégias de prevenção de resíduos e a política da União Europeia e dos seus Estados membros nesta matéria;
  • Promover ações sustentáveis de prevenção de resíduos por toda a Europa;
  • Realçar o trabalho realizado por diversos intervenientes, através de exemplos concretos de prevenção de resíduos;
  • Incentivar uma mudança de comportamento dos Europeus (consumo, produção) no dia-a-dia. 

 

No âmbito deste evento, o Projeto 3E's passou a disponibilizar desde hoje, aos Diretores de Turma da Escola, uma Ação de Sensibilização à Recolha Seletiva de Resíduos, que consta de uma apresentação em PowerPoint que deverá ser exibida a todos os alunos da sua turma até ao final do corrente 1.º período - ou seja, a todos os alunos da Escola.

Tal apresentação, que apela à redução e à correta separação dos resíduos, bem como um Guião da Apresentação, encontram-se acessíveis em todos os computadores e salas da Escola para uma maior facilidade na sua utilização.

Esta é forma do Projeto 3E’s se juntar à II Semana Europeia da Prevenção de Resíduos: temos de contribuir para um mundo melhor e mais limpo!

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Terça-feira, 17.08.10

Separação de resíduos sólidos pelos cidadãos longe de ser perfeita

Separação de resíduos sólidos pelos cidadãos longe de ser perfeita

Há mais recolha selectiva em Lisboa mas um terço continua a falhar o alvo

14.08.2010 - 08:39 Por Carlos Filipe, in Público/Ecosfera

Aumenta a consciência de que a reciclagem contribuirá para melhorar o ambiente. O pior é que ainda é atirado para o sítio errado muito do lixo que se separa.

Deficiente separação dos resíduos reduz muito eficácia da reciclagem (Foto: Fernando Veludo)

A percentagem de resíduos sólidos urbanos produzidos em Portugal e que seguem para valorização e reciclagem continua a aumentar, estimando o Instituto Nacional de Estatística que, em 2008, representava 12 por cento do total do lixo produzido, cinco pontos abaixo da média da União Europeia. Em Lisboa, de acordo com dados fornecidos pela autarquia, aquele valor aumenta para 20 por cento.
Todavia, há um dado que prejudica o esforço colocado nessa boa prática ambiental: há demasiados resíduos que chegam contaminados às linhas de triagem. Então no caso do ecoponto amarelo (embalagens de plástico e metal) eles representam um terço do total. Em última instância, a incineração ou aterro são os destinos finais.
A situação torna-se menos sustentável, quando se sabe que é o ecoponto amarelo que representa o maior fluxo de trabalho e de complexidade no processo de separação, pois é naquele contentor que são colocadas as embalagens de plástico, metal e pacotes de leite e outras bebidas, produtos estes que em Lisboa, segundo os dados fornecidos pelos serviços camarários, representaram em 2009 um aumento de 18 por cento relativamente a 2008, passando de 6262 toneladas para 7384 toneladas.
Porém, e segundo os dados da Valorsul, uma das operadoras na Área Metropolitana de Lisboa (AML), que serve os municípios de Lisboa, Amadora, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, cerca de um terço das quantidades provenientes daqueles receptáculos são constituídas por materiais indesejados (contaminantes), casos de papel, cartão, vidro, electrodomésticos, sapatos, chapéus de chuva, ou restos alimentares.
Diz Ana Loureiro, directora de comunicação da empresa, que aquelas embalagens mal colocadas, ou que não podem ser recicladas, mas que foram depositadas nos ecopontos, ainda assim "podem ser objecto de valorização através da produção de energia eléctrica" na central. "Mas os resíduos que são contaminantes, por não se enquadrarem em nenhuma categoria de reciclagem, seguem para incineração, o que acontece na Valorsul, ou para aterro sanitário, nos casos de operadores que não disponham deste sistema", esclareceu Ana Loureiro.
A situação não será igual em todo o território nacional, mas no caso destes cinco municípios da AML (desconhecem-se os valores em Cascais, Oeiras, Mafra e Sintra, operados pela Tratolixo, que não respondeu às questões do PÚBLICO), também cinco por cento dos materiais depositados nos receptáculos azuis (papel/cartão, que a nível nacional representam o maior valor, 36 por cento, do total de resíduos) são indesejados, encontrando-se entre os principais contaminantes sacos de plástico, esferovite, papel de prata, vegetal, plastificado e autocolantes.
Ainda de acordo com os dados da Valorsul, no ecoponto verde (embalagens de vidro) entre um a dois por cento do que ali é depositado é rejeitado na triagem - casos de loiças, plásticos, cerâmicas, vidro plano, cristais, espelhos, lâmpadas.

Mais erros, mais custos

Sejam "erros de pontaria" na cor dos contentores, desleixo/negligência, ou simples enganos por desconhecimento, a verdade é que a má separação dos resíduos pelos utilizadores acarreta maiores custos ambientais, sejam eles na operação de triagem, pela menor quantidade de produtos reciclados, pela utilização de combustíveis fósseis no processo produtivo de novos produtos (por exemplo, nos plásticos), ou pela necessidade de construção/aumento de aterros sanitários.
Ana Loureiro admite que a má separação "leva à existência de maiores custos, porque obriga a uma maior eficiência dos sistemas". "Como exemplo, refiro a existência ainda em elevada quantidade de papel/cartão no ecoponto amarelo. Este erro por parte de população obriga a um esforço adicional para tentar recuperar um material que é reciclável, mas que não deveria estar a aparecer naquele fluxo."
Foi também esta uma das razões apontadas pelo município de Oeiras - ainda que muito criticada por associações ambientalistas - como justificação para a decisão de interromper a recolha selectiva porta a porta no concelho. "Recuo ambiental", disse a Quercus, "lixo contaminado", alegou a câmara, salientando que cerca de 70 por cento daqueles detritos estavam mal separados, razão pela qual optou por substituir aquele sistema de recolha pela contentorização enterrada, garantindo também que assim haverá uma "melhoria substancial da quantidade e da qualidade dos resíduos recicláveis.A Empresa Municipal de Ambiente de Cascais anunciou há dias que vai reforçar a capacidade de recolha de resíduos sólidos urbanos, com um investimento superior a 2,5 milhões de euros, com comparticipação de fundos do Programa Operacional Regional de Lisboa.
A empresa diz que avançará em Setembro uma nova fase de colocação de "ilhas ecológicas" no concelho, com a instalação de 465 novos contentores subterrâneos que aumentarão, respectivamente em 274% e 40% a capacidade de recolha de resíduos recicláveis e indiferenciados.
Já a Câmara de Lisboa conta abranger toda a cidade, até 2013, com o sistema porta a porta.
Segundo dados fornecidos pelo gabinete do vereador responsável pela higiene urbana, actualmente cerca de 25 por cento das habitações da cidade têm já à sua disposição este tipo de recolha de resíduos sólidos. E especifica que, na sua totalidade, já estão abrangidas as freguesias das Mercês, Santa Catarina, Santa Maria dos Olivais e São Miguel.
Existem ainda quatro freguesias que têm recolha selectiva porta a porta quase na totalidade - Nossa Sra. de Fátima, Socorro, São Cristóvão e São Lourenço -, mas que ainda têm áreas servidas por outros sistemas. Já a Quinta do Lambert, Alameda das Linhas de Torres (sul) e área envolvente ao Estádio de Alvalade experimentam este sistema desde o início do corrente ano.
Ainda segundo a Câmara Municipal de Lisboa, existe também uma evolução significativa em termos económicos. As contrapartidas financeiras obtidas pela autarquia com a entrega de materiais para reciclagem continuam a aumentar, cifrando-se em 3,6 milhões de euros para 2009, a que acresce uma economia de mais de dois milhões no tratamento e destino final dos resíduos. Tal reflectiu-se num acréscimo da poupança para os cofres municipais em mais de 160 mil euros relativamente a 2008.

Ainda há muita gente com dúvidas sobre a maneira correcta de utilizar os ecopontos
Apesar das muitas campanhas nos meios de comunicação, da familiarização dos mais jovens na escola com as boas práticas ambientais, que as transmitem aos pais, subsistem dúvidas na hora da deposição dos resíduos nos contentores. Há quem ainda se interrogue se deve lavar as embalagens nas quais foram usados óleos ou outras gorduras, temendo que, se não o fizer, aquela embalagem poderá não ter um final feliz, ou seja, um renascer em forma reciclada.
Responde Ana Loureiro, da Valorsul: "Não devemos gastar água para lavar lixo, e esta regra é válida em todas as situações. Devemos apenas escorrer as embalagens e se possível espalmá-las. E não é possível detectar na linha de triagem se uma garrafa está lavada ou não. São todas tratadas por igual."
É também frequente haver dúvidas quanto ao destino final do resíduo que se colocou no contentor colorido. Será que todo o resíduo é encaminhado para as respectivas rotas de reaproveitamento/reciclagem?
Ana Loureiro afiança que sim: "E quanto mais houver para reciclar, melhor. Na nossa área, e julgo que em todo o país, todos os materiais possíveis de enviar para reciclagem seguem esse caminho."
Mais recentemente surgiu uma nova dúvida: as embalagens descartáveis de café para máquina, revestidas a alumínio ou plástico, muito em voga, são recicláveis ou não? Há fabricantes que garantem que sim e pedem aos seus clientes que as levem a pontos de recolha. "Para nós, essas embalagens são um resíduo indiferenciado [não devem ser colocados nos contentores de deposição selectiva, pois contaminariam a linha de triagem], mas quem sabe se no futuro será possível valorizá-las", explicou Ana Loureiro.

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Domingo, 28.02.10

Nós já! E há muito!!!

E você, já recicla o óleo dos fritos?

Os oleões têm passado os últimos anos meio escondidos. Hoje, as autarquias estão a levá-los para as ruas... e para as cozinhas. 

Por Helena Geraldes, helena.geraldes@publico.pt

Foto (c) Paulo Pimenta, in "Público"

Centenas de câmaras municipais por todo o país estão a esforçar-se para aumentar a família dos vidrões, papelões, plasticões e pilhões. De Norte a Sul, os munícipes começam a deparar-se com oleões nos passeios, de várias cores e feitios. E estamos só no princípio.

Depois do vidro, papel, metal, plásticos e pilhas, é chegada a vez de recolher o óleo alimentar usado que as cozinhas portuguesas deitam fora, à razão de entre 43 mil e 65 mil toneladas por ano. Desde o óleo que sobra das frituras àquele que escorremos das latas de atum. A maioria vem do sector doméstico (62 %), o resto é da hotelaria, restauração e bebidas (37 %).

Até há bem pouco tempo, a recolha de óleos alimentares usados era promovida com contentores em escolas, juntas de freguesia, hipermercados ou quartéis dos bombeiros. Mas algo mudou a 1 de Novembro de 2009, quando entrou em vigor o Decreto-Lei n.º 267/2009: a partir desse dia, o desafio deixou de ser voluntário e pontual para se tornar nacional e obrigatório. 

"A nossa primeira abordagem, no mandato anterior, foi promover acordos voluntários. Foi um esforço meritório mas não deu os resultados de acordo com a nossa ambição", explica Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente, em declarações ao Cidades. "Por isso decidimos avançar para um modelo obrigatório. Tínhamos a percepção de que o país já estava maduro."

Hoje em dia, estão instalados 439 pontos de recolha de óleos alimentares usados em Portugal, de acordo com os dados mais recentes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a que o Cidades teve acesso. A agência que acompanha o cumprimento da legislação ainda não tem dados sobre os Açores, Beja, Évora, Setúbal e Viana do Castelo. 

Segundo o Decreto-Lei n.º 267/2009, a primeira meta é o ano de 2011. Até 31 de Dezembro desse ano, os municípios com mais de 300 mil habitantes devem disponibilizar, pelo menos, 40 pontos de recolha. Em 2015, esse número deverá ser o dobro. Consoante o número de habitantes, o número de oleões varia, até chegar aos municípios com menos de 25 mil habitantes. Estes devem disponibilizar oito pontos de recolha até ao final de 2011 e 12 até ao final de 2015.

Os distritos de Lisboa e o arquipélago da Madeira são aqueles que têm, na totalidade, maior número de pontos de recolha, entre 60 e 110. Seis distritos têm menos de 20 pontos de recolha.

Mas Portalegre e Bragança são os distritos com maior número de pontos de recolha por 100 mil habitantes, 146 e 75, respectivamente.

Humberto Rosa está satisfeito com o ritmo a que as autarquias estão a aderir a esta missão. Colocar oleões nas ruas está a acontecer "a um ritmo muito bom. Não encontrámos qualquer resistência" e "várias câmaras têm as suas próprias iniciativas". É o caso do Seixal, onde dez viaturas municipais já são alimentadas graças ao óleo alimentar usado que os moradores entregaram, e de Setúbal, que sensibilizou as escolas para ajudar na recolha destes resíduos. O Barreiro começou em Abril do ano passado, colocando 15 contentores nas escolas e restaurantes. E a Praia da Vitória, nos Açores, lançou uma campanha de recolha porta-a-porta no centro urbano. Mas estas estão longe de serem as únicas câmaras preocupadas com a poluição dos óleos.

Óleo, esse grande poluidor

Na verdade, estes resíduos nada têm de inocente. Segundo a APA, um litro de óleo doméstico deitado no ralo da banca da cozinha chega a contaminar, de uma só vez, um milhão de litros de água.

Cármen Lima, da Quercus, lembra ainda que quando os óleos são deitados pelo ralo e acabam na conduta do prédio, "a acumulação de gorduras causa problemas nas próprias instalações dos edifícios". E quando entram nas estações de tratamento de águas residuais "são mais um resíduo que tem de ser removido, o que acrescenta despesa no tratamento suplementar".

Finalmente, quando chegam aos rios, não deixam de ser um "produto que não é natural. Apesar de não ser um produto perigoso como o óleo das oficinas, aumenta a carga orgânica de tal forma que leva à falta de oxigénio para a vida aquática", explica.

Mas, no final do dia, grande parte do sucesso deve-se aos cidadãos. "Estes vêem com bons olhos os oleões. Isto faz com que as câmaras disponibilizem este serviço aos munícipes", alega Humberto Rosa.

Segundo Cármen Lima, "há três tipos de autarquias: as que já tinham recolha; as que se estão a esforçar com alguma dificuldade por causa dos custos financeiros; e outras que estão completamente perdidas". Mas cada vez há mais câmaras a estabelecer parcerias com empresas que as ajudam a adquirir os oleões e a recolherem os óleos usados, transformando-os em biodiesel. É toda uma nova dinâmica de negócio.

Ao contrário do que acontece com pilhas, medicamentos e pneus, por exemplo, os óleos alimentares usados não terão uma entidade gestora, frisa Humberto Rosa. "Estão muito bem definidas as responsabilidades de cada um dos intervenientes. O fluxo está completo sem necessidade de uma entidade", assevera.

Quatro exemplos de Norte a Sul

Corria o ano de 2005 quando a câmara e o ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade) entenderam que Oeiras deveria ter um sistema de recolha de óleos alimentares usados, do sector doméstico. Em Outubro arrancou o Oilprodiesel, projecto Life Ambiente que viria a ser escolhido pela Comissão Europeia como um dos 57 melhores que foram concluídos em 2009.

"Queríamos recolher os óleos que iam para o esgoto ou para o lixo", explica Marco António Estrela, do ISQ. Pensaram um oleão de raiz, com sensores para mediar o enchimento. Cor de laranja. Lá dentro, as pessoas deviam colocar o óleo em garrafas de plástico para evitar sujidade.

Em Oeiras, o contentor que serve para a recolha de óleos alimentares usados foi pensado de raiz. Cada ponto de recolha, em cor de laranja, dispõe de sensores que medem o nível de enchimento. No início, havia quem pusesse lá dentro outros resíduos, mas agora a população já se habituou FotógrafoOs 20 oleões começaram a ser instalados em Junho de 2008. Marco Estrela diz que a iniciativa "teve uma adesão muito grande", mas, de início, "houve enganos". "As pessoas depositavam outras coisas lá dentro". O Oilprodiesel acabou em Março de 2009, mas os oleões continuam na rua. "Os níveis de recolha já são de 14 toneladas por mês". Oeiras não foi a única que se antecipou à legislação. Depois de recolher o óleo dos restaurantes, Vila Real passou a recolher o óleo doméstico, conta o vereador do Ambiente, Miguel Esteves. O primeiro oleão foi colocado nas ruas no início de 2009. "Começámos sem ter em conta a legislação que aí vinha."

Hoje são sete contentores e, garante, "durante o próximo ano serão cumpridas as metas para 2011". A receptividade tem sido "bastante boa". Em 2009 foram recolhidos 1200 litros de óleo.

Reciclar depois do jantar

Engana-se quem pensar que só há uma maneira de resolver o problema dos óleos alimentares usados e que o território dos oleões se limita à rua. Penafiel decidiu pô-los nas cozinhas de cada lar da cidade.

"Há cinco anos já estavam instalados oleões de 50 litros nos restaurantes. Em 2009 quisemos abranger o consumidor final e preparar o terreno para a legislação que aí vinha", explica Antonino de Sousa, vereador com o pelouro da Sustentabilidade Ambiental.

Em Junho de 2009, uma equipa de sete pessoas distribuiu, porta a porta, mais de 2500 minioleões de cinco litros, verdes, de funil incorporado e com tampa antiderrame. Quando estão cheios, as pessoas deslocam-se aos cinco oleões, cada um com capacidade para 200 litros, entretanto espalhados pela cidade.

Além disso, a câmara disponibilizou uma Linha Verde para esclarecimentos sobre os oleões. "A reacção das pessoas foi muito boa", disse o vereador, referindo que existem moradores de zonas não abrangidas pela iniciativa que contactaram a autarquia a pedir minioleões. "Foi interessante ver que havia pessoas de outras freguesias que se deram ao trabalho de vir aqui buscar o seu oleão e que estão dispostas a vir à cidade depositar o seu óleo."

Desde Junho do ano passado, os cinco oleões já foram despejados uma vez. "Se calhar agora já estão outra vez a precisar", estimou o vereador. Este ano, a câmara assinou um protocolo com uma empresa para instalar mais 20 pontos de recolha. Até 2011 haverá um destes contentores ao lado de cada um dos 150 ecopontos de Penafiel.

Do restaurante à nossa casa

A instalação de pontos de recolha para os óleos alimentares usados avança a diferentes velocidades. Ponte de Lima é uma das câmaras municipais que agora está a começar. Porém, não é uma novata no que aos óleos diz respeito.

Desde Novembro de 2008 que há recolha dos óleos produzidos nas cantinas do ensino básico. Agora prepara-se para alargar a recolha ao cidadão comum, ajudando assim a reduzir o "risco de contaminação dos solos e água" que os óleos provocam, quando são eliminados pelos colectores urbanos.

A forma de gestão da rede de recolha selectiva municipal de óleo alimentar usado foi aprovada, por unanimidade, há menos de um mês, a 8 de Fevereiro.

Segundo explicou a vereadora Estela Almeida, com o pelouro do Ambiente, a câmara vai lançar um concurso para uma parceria com uma empresa específica para a gestão de rede de oleões. A autarquia prevê instalar na cidade 16 contentores e sensibilizar as empresas locais a aderir à recolha. Quem aceitar fará parte da rede de empresas amigas do ambiente.


Apenas para recordar: este procedimento já é feito na nossa Escola desde Maio de 2009, num intercâmbio com a Câmara Municipal de Paços de Ferreira, como já foi divulgado aqui, aqui e no post imediatamente anterior.

O oleão da nossa Escola sendo usado pela primeira vez pelos nossos alunos em 26 de Maio de 2009.

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Quinta-feira, 03.12.09

Os 3E's...

Desde 18 de Julho de 2008, quando foi foi elaborado e apresentado à Gestão da Escola o nosso Projecto, que ele se auto-intitulou P3E's - Projecto Escola Energeticamente Eficiente.

O seu logotipo apareceu mais tarde: idealizado por um grupo de alunos do 7.º ano, foi divulgado neste blogue a 12 de Novembro de 2008.

Entretanto... acabamos de ter conhecimento de que, desde 13 de Março de 2006, existe uma Amb3E - Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, uma associação de direito privado sem fins lucrativos, que conta actualmente com 60 empresas associadas e mais de 800 aderentes, e cuja finalidade é a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos.

Ou seja, todos os 3e - equipamentos eléctricos e electrónicos em fim de vida deverão ser geridos e 'reciclados' pela Amb3E...

E mais! A Amb3E tem, desde há três anos lectivos para cá, o Projecto Escola Electrão, destinado às Escolas dos 2.º e 3.º ciclos, cujo objectivo primordial é... fazer exactamente o mesmo que andamos a fazer desde o início do passado ano lectivo no P3E's!

 

Resumindo: mais uma vez andamos a trabalhar em paralelo...

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Em tempo: Programa para a Eficiência Energética em Edifícios - P3E promovido pela DGE e apoiado pelo POE, tem como objectivo final a melhoria da eficiência energética dos edifícios em Portugal.

E esta, heim? 

publicado por p3es às 19:13 link do post | comentar | favorito
Domingo, 09.08.09

Parece que a nossa escola foi pioneira em vários aspectos

Projecto ensina alunos a poupar energia nas suas escolas 

 
 Um projecto desenvolvido por duas empresas de Coimbra em parceria com congéneres finlandesas pretende ensinar os estudantes portugueses a poupar energia nas escolas já a partir do próximo ano lectivo, disse fonte do promotor nacional.

O EnerEscolas passa pela monitorização da electricidade e gás consumidos em cada estabelecimento de ensino para aquecimento de salas de aula e edifícios administrativos. Depois, os dados são tratados por um programa informático, segmentado por faixas etárias, que permite aos alunos interpretar os resultados e compará-los com os de outras escolas. 

A partir dos dados recolhidos os alunos poderão simular medidas para melhorar consumos e os índices energéticos das suas escolas.

"É um projecto com uma forte componente de eficiência energética. Prevê a integração nos currículos escolares para que os alunos assimilem noções de consumo e poupança de energia, baseadas em dados reais da sua própria escola", disse Basílio Simões, responsável da empresa ISA (Intelligent Sensing Anywhere). 

Os estudantes poderão ainda aprofundar os seus conhecimentos sobre energia na disciplina de Física, aprender o ciclo do carbono e questões ambientais em Geografia, praticar Matemática através de exercícios sobre consumo ou estudar as formas de geração de energias alternativas em Ciências da Natureza, exemplificou. 

"A ideia é os dados recolhidos serem tratados à luz dos conteúdos programáticos das várias disciplinas", frisou Basílio Simões, para quem a eficiência energética "constitui uma oportunidade de ensino". 

O projecto vai arrancar já no próximo ano lectivo, com carácter de experiência-piloto, em três escolas do país. 

"Ainda estamos a seleccionar as escolas", disse Basílio Simões, revelando, no entanto, que uma delas será a secundária Avelar Brotero, em Coimbra, que haverá também um estabelecimento de ensino de Lisboa mas que o terceiro ainda está por definir.

Além da ISA, o projecto EnerEscolas reúne a empresa de base tecnológica Take The Wind e dois parceiros finlandeses, no âmbito do programa europeu Eureka.

 

 Fonte: http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1395011

 

Câmaras têm até 2011 para pôr a funcionar recolha de óleos alimentares usados

Todos os anos as cozinhas portuguesas deitam fora entre 43 mil e 65 mil toneladas de óleos alimentares usados. Algumas autarquias voluntariam-se para atacar o problema. Ontem, pela primeira vez, o Governo decidiu dar uma resposta a nível nacional, assente em redes de recolha municipais. As câmaras têm até 2011 para instalar oleões na via pública.

 

O óleo que sobra das frituras ou que escorremos das latas de atum nada tem de inocente. Longe da vista dos consumidores polui os solos e as águas subterrâneas e superficiais. A maioria vem do sector doméstico (62 por cento) e da hotelaria e restauração e bebidas (37 por cento).

Ontem, o Conselho de Ministros aprovou o regime jurídico para a gestão destes óleos, dando prioridade à reciclagem e promovendo a responsabilização de consumidores, produtores, operadores de distribuição e de gestão.

O Decreto-lei aprovado, mas ainda não publicado em Diário da República, impõe a criação de redes municipais de recolha. Assim, até 31 de Dezembro de 2011, os municípios com mais de 300 mil habitantes devem disponibilizar, pelo menos, 40 pontos de recolha. Em 2015, esse número deverá ser o dobro. Consoante o número de habitantes, o número de oleões varia, até chegar aos municípios com menos de 25 mil habitantes. Estes devem disponibilizar oito pontos de recolha até ao final de 2011 e 12 até ao final de 2015.

A ideia é que o óleo usado recolhido seja reciclado e transformado em biodiesel. De momento esta ideia está a ser posta em prática por pequenos projectos municipais e por pequenas e médias empresas.

Óleos alimentares usados têm destino ambientalmente incorrecto


Actualmente, os destinos que lhe damos não são satisfatórios: ou vão ralo abaixo – e causam o aumento dos custos de tratamento das águas residuais – ou contribuem para a saturação dos aterros. Mas até agora também não há grandes alternativas, com excepção para algumas cidades que se voluntariaram na recolha destes óleos, como Sintra e Barreiro.

De facto, a recolha selectiva ainda é “muito incipiente” no sector doméstico, reconhece o Governo. “É tudo esporádico e pontual, apesar de acharmos que as pessoas estão sensibilizadas”, disse ao PÚBLICO Cármen Lima, da associação ambientalista Quercus.

Esta responsável contou que hoje já existe recolha de óleos em escolas, hipermercados, ecocentros de sistemas municipais. Há até alguns condomínios que se organizaram e pedem directamente a operadores licenciados para lá instalarem um recipiente, de 30 litros que, quando estiver cheio, é recolhido. “Todos os dias recebemos mensagens de pessoas que nos perguntam onde podem entregar os seus óleos”, referiu.

O cenário é melhor para a restauração, por exemplo. Segundo Cármen Lima, entre 70 a 80 por cento dos restaurantes do país já entregam os seus óleos alimentares usados. “Mas isto não significa que todos os operadores sejam licenciados”, alerta.

 

 

publicado por p3es às 09:33 link do post | comentar | favorito

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